-Fred, de todas crônicas que já postei, esta foi a que mais gostei de
escrever e a que ficou melhor em meu ponto de vista.
Rapidamente uma enorme e insana vontade de urinar se
formou, aquele incessante desejo de descarregar toda aquela água acida que
corrompia o interior da minha bexiga, aquela pobre água que englobava apenas os
restos das cervejas baratas que eu tomara noite passada, que me deixara bêbado
com meus amigos também casados, que vez com que cada musculo do meu corpo se
sentisse satisfeito e contente ao espancar minha mulher ao chegar em casa, e
que me trouxe uma extensa ressaca nesta manhã.
Esta água englobava e abrangia uma história, ela
expunha dados sobre minhas condições emocionais e também uma prévia da minha
vida momentânea, fazia-me correr através das ruas, para o quanto antes adentrar
no prédio comercial, onde disfrutaria de uma entrevista de emprego, e onde
conseguiria urinar em um sanitário mais caro que minha residencia.
Eu, um homem que mesmo sóbrio aparentava permanecer bêbado, corria pelas
ruas com vestes inadequadas para a situação financeira daquele bairro. Eu era
olhado com desgosto e desprezo pelas pessoas mais luxuosas que translocavam
aquele bairro rico, comparado as outras pessoas que adentravam aquelas ruas, eu
parecia um porco imundo e encardido fugindo do chiqueiro.
Ignorando as pessoas que comtemplavam minha feiura
e me observavam com nojo e desprezo, eu focava no meu objetivo, seguir meu
caminho ao prédio comercial, que agora estava apenas a uma quadra de meu
alcance. Porém o incessante desejo de urinar me consumia, dava-me vontade de
deslocar minhas calças ao joelho e urinar no meio da rua.
Finalmente cheguei ao prédio, agradecia a deus pela
minha ligeira chance de subir ao andar correspondente a minha entrevista, e
urinar naquele local. Entrava na portaria, cansado e ofegante, mas ainda
mantinha-me correndo, pois se o desejo de urinar chega, ele não sai.
Penetrei no elevador, e como o porteiro havia me
notificado, o andar que estava-me destinado era o de número 26, perplexo pela
longitude do andar até mim, fiquei clicando incessantemente no botão do andar
26, pensando que poderia haver uma possibilidade do elevador se translocar mais
rápido para o andar destinado.
No segundo andar uma idosa rica entrara no elevador,
olhou para mim com o nariz empinado, como sinal de superioridade, e depois vez
uma cara de constrangimento e descomodidade por causa da minha presença. Não me
incomodei, apenas olhei para o chão do elevador, sem me apoiar nas paredes,
para não as suja-las, manti uma de minhas mão repousadas sobre minha coxa, e
movimentei a outra em direção ao meu pinto, o espremendo, tentando fechar minha
uretra para que a minha urina não escorresse sobre minhas calças.
E agora, de tanto reprimir e conter minha urina, o desejo de defecar aterrissou-se
sobre minhas bandas da bunda. A contrai, para que as fezes não saíssem e
ficassem penduradas na minha cueca.
Repentinamente ouço um grandioso barulho, e o elevador interrompe
sua rota ficando paralisado, algum tempo depois a idosa arrogante ao meu lado
clica o botão de emergência, e através do microfone o porteiro nos informa que
esta indo nos socorrer.
Agora o desejo de urinar se duplicava, e o de defecar
também, me canso de segurar o monte de fezes, ponho minha calça e cueca sobre o
joelho, faço uma leve dobra nas minhas pernas e começo a defecar no elevador, e
depois urinar, os dois ao mesmo tempo. só ouvia o som do porteiro do lado de
fora do elevador, tentando arrombar a porta, a idosa ficou por sua vez
boquiaberta com o ato que eu estava fazendo, olhava com nojo e desentendimento,
sem falar nada, apenas desviando da poça de urina que se formava no elevador.
Me encontrava defecando e urinando num elevador parado, ao
lado de uma idosa rica. O fedor que exalava dos meus sovacos e das fezes,
faziam ser insuportável respirar dentro do ambiente, quando finalizei a execução
das minhas necessidades, fiquem apenas admirando e vislumbrando o que acabara
de fazer, o porteiro finalmente arrombou a porta do elevador e ao me olhar, não
pensou duas vezes e me deu um soco, que me fez desmaiar e cair sobre as minhas próprias
vezes.